de um fragmento qualquer,
Ainda assim pulsam, e as vezes escapam,
Esta busca sonolenta por algo que toque.
Escrevi umas palavras toscas pra fazer uma história. É estranho como a vida passa tão rápido e como estamos distantes.
1000 Quilômetros, eu poderia andar, mas ainda assim aqui estou preso, em outra terra, estrangeiro.
E não sinto um tempo ruim, mesmo na tempestade que agora cai, ainda assim preciso de uma história.
Quantas eu poderia contar, das ruas, das damas, das putas e das camas, ainda assim nada vem a cabeça. Lembro de uma vez, e de outra e daquela vez,
nenhuma é suficiente.
As palavras querem sair, não consigo controlar, preciso te encontrar, sentir suas coxas em meu rosto.
Não tem cerveja e nem praia, nem sol e nem raio que me faça feliz.
Seu cheiro me embriaga, nem sei onde está, sua vida se entrelaça a minha e como somos um só.
Hoje sou incompleto, na casa todos os restos, na tela um vídeo pobre que levanta apenas a genital.
Preciso de mais que isso.
Preciso que chegue logo, janeiro está logo aí, dezembro quem sabe.
Ainda assim não tenho uma história, nesta cidade sou um completo alien, à parte de tudo, à parte de todos.
E não tem conto em que eu encontre o seu corpo nu, e não tem sonho que sacie o seus seios nus, no momento não existe nada, nenhum paragrafo, apenas o desejo de que o tempo não se acabe.
Eu não estou aqui,
A casca vazia de uma promessa qualquer.
Resquícios de sonhos de outros tempos.
Um vazio que consome quem toca.
O eco de algo que não disse nada,
Das poesias não escritas e das noites no sofá.
Quantas mortes ainda pode haver?
Não tenho mais tempo para procurar.